segunda-feira, 9 de junho de 2014

Leituras nas Fontes de Estômbar no dia 11 de Junho às 17h30


Eis o sítio aprazível que nos espera…







A próxima sessão do Clube de Leitura da BMSilves é já na próxima quarta-feira, dia 11 de Junho, pelas 17h30, no Sítio das Fontes de Estômbar e é aberta ao público em geral, conforme é habitual.

Com a chegada do Verão, para muitos as leituras sabem melhor ao ar livre, por isso se precisar de boleia venha ter à Biblioteca Municipal às 17h00, ou vá lá ter directamente às 17h30, mas não deixe de ir, experimentar as águas do Arade, lanchar (cada um leva o que lhe apetecer e depois degustamos um pouco de tudo) e “saborear” também os livros de autores premiados com o Nobel. 

Reiteramos também a ideia de que se for a sua primeira vez e não tiver lido qualquer obra não deixe de se juntar ao grupo, pois ao ouvir as histórias, crónicas, contos ou ensaios que temos para partilhar de certeza que sai da sessão com “o bicho do conto” ou da literatura e verá que em pouco tempo já terá também o que partilhar se assim o desejar.

Em termos histórico-literários, o bucolismo tem sido muito glosado (aliás, a nossa literatura – a poesia galaico-portuguesa – nasce com a Natureza como espelho e confidente da “amiga” que ama e cenário do encontro amoroso) e se a poesia sempre a cantou, a prosa de Eça de Queirós talvez tenha sido a que mais a elevou, descrevendo os seus benefícios no Homem. Tolstoi decide retirar-se para uma herdade rural no final da sua vida e o poeta romântico Wordsworth passou lá toda a vida, por exemplo, conhecendo-se melhor a si mesmo e aos Homens.

Eis alguns poemas de Wordsworth...

Há na nossa existência lugares do tempo,
Que preservam em clara permanência
Uma virtude que renova …
Que nos penetra e faz subir mais alto
Quando é alto que estamos, e caídos nos levanta.

                    frente ao espírito embriagado
pelos objectos presentes, e a agitada
dança de quanto passa, a imagem sóbria
das coisas que perduram

… [a Natureza] pode assim dar forma
Ao nosso espírito íntimo, imprimir
Em nós beleza e paz, levar tão alto
O pensamento, que nem línguas más,
Nem juízos vãos, nem esgares dos egoístas,
Nem suas frias saudações, como nem todo
O pesado comércio do dia-a-dia,
Contra nós poderão prevalecer,
Ou contra a fé que temos nessa bênção
A que em tudo nos fiamos


Se, no meio do mundo, me contento
Com meus sóbrios prazeres, e se vivo
                                              … distante
Da inimizade baixa e vis desejos,
A vós o devo…
Ventos e cataratas ressoantes,
E a vós, montanhas, que há na Natureza!

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